Rose defende desoneração tributária e desburocratização, caminho do desenvolvimento econômico e soci
Para a senadora, a desorganização fiscal do Estado e o excesso de normas são a maior barreira ao aumento da produção, ao aumento do emprego e ao aumento da renda dos brasileiros
"A desorganização fiscal do Estado brasileiro e o excesso de normas que se sobrepõe entre si, e que ele impõe ao setor produtivo, é a maior barreira que hoje existe ao aumento da produção, ao aumento do emprego e ao aumento da renda dos brasileiros".
Assim, a Senadora Rose resumiu sua visão sobre como o Brasil pode e deve caminhar rumo ao desenvolvimento econômico e social sustentável. Sua avaliação foi feita da tribuna do Senado na tarde de quinta, 22, em Brasília.
Menos burocracia
Valendo-se do princípio da neutralidade fiscal, ela defendeu que as desonerações tributárias sejam horizontais, ou seja, atinjam todos, e não verticais, apenas para setores específicos. O modelo tributário atual, contatou, provoca preços mais altos para os consumidores, lucros mais baixos para os empresários e salários mais baixos para os trabalhadores.
Paralela à desoneração, é preciso combater a burocratização. Menos burocracia significa aumento de produtividade e melhoria do ambiente econômico para o empreendedor.
Neste momento, a senadora lembrou as sugestões da Comissão de Desburocratização do Congresso Nacional. São elas: simplificar a abertura e fechamento de empresas, reduzir o tempo de concessões de patentes, revisar regras de exportação/importação e flexibilizar regras de cartórios.
Doing business
Para sustentar sua posição, Rose citou a publicação Doing Business, do Banco Mundial. Num grupo de 190 países, o Brasil figura em 125º lugar na qualidade do ambiente de negócios.
Lembrou a senadora que Gana, Belize, Tadjiquistão e Irã estão à frente do País em competitividade global. Na outra ponta, Nova Zelândia lidera o ranking - não à toa, um dos países mais ricos e desenvolvidos do mundo.
"Nosso povo tem a vocação para o empreendedorismo, de trabalhar por conta própria", concluiu Rose. "Resta ao Estado deixar aflorar esta vocação e remover as amarras que travam o desenvolvimento econômico e, em consequência, o desenvolvimento social".