Justiça pela Paz em Casa: Rose chama sociedade e governantes para luta em defesa das mulheres

Na abertura da “VIII Semana da Justiça pela Paz em Casa” - evento promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com os Tribunais de Justiça (TJ) -, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) chamou a atenção sobre a responsabilidade social e governamental no combate à violência contra as mulheres. Rose participou do evento organizado em Vitória pelo TJ-ES, nesta segunda-feira (21).

“Não é responsabilidade da mulher acabar com a violência. É responsabilidade desta sociedade, dos governos estaduais, dos governos municipais, como faz hoje o presidente do Tribunal (de Justiça do Estado, desembargador Annibal de Rezende Lima), ao lado de seus colegas presidentes de TRT, ministros e advogados que aqui estão”, enfatizou a senadora.

Vice-presidente da Comissão Permanente Mista de Combate à Violência Contra a Mulher no Congresso Nacional, Rose citou dados alarmantes divulgados por pesquisa Datafolha neste ano. "Vou dizer que 503 mulheres foram agredidas a cada hora no país em 2016. E que 66% dos brasileiros já presenciaram um ato de violência contra uma mulher em alguma circunstância dentro lar, fora do lar, dentro do trabalho”, lamentou Rose.

A deputada estadual Luzia Toledo (PMDB) também compareceu ao evento e destacou "a importância de os homens terem a sensibilidade do respeito, da igualdade". "Nós esperamos muito respeito às mulheres brasileiras", concluiu.

Mais atendimentos - Nesta Semana da Justiça Pela Paz, haverá no Estado mais atendimentos a mulheres vítimas de violência doméstica. Até o dia 25 de agosto, um ônibus do Juizado Itinerante estará na Praça Otávio Araújo, em frente ao Fórum da Prainha, em Vila Velha, das 9 horas às 17 horas. Nesta segunda, o atendimento começou às 14 horas em Vitória, em frente ao Tribunal de Justiça.

“Esse ônibus é como uma Vara itinerante. Ele funciona como uma Vara, lá dentro temos os computadores. É como um Fórum sobre rodas”, destacou a juíza Hermínia Azoury, coordenadora da Violência Doméstica do TJ-ES. Significa que as mulheres que buscarem apoio do TJ no Juizado Itinerante terão acesso a serviços de atendimento social e psicológico, além de orientação jurídica, expedição de boletins de ocorrência e concessão de medidas protetivas em favor das vítimas.

Segundo Hermínia, o Espírito Santo está hoje em quinto lugar entre os estados que mais matam mulheres.

A juíza ressaltou ainda a assinatura, durante a solenidade, de convênios e termos de cooperação com empresas instaladas no Espírito Santo, órgãos públicos e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). "São convênios oportunos no sentido de minimizar a violência doméstica familiar", salientou.