Rose articula nos Correios revisão de tarifa a franqueados no Estado
- Assessoria de Comunicação
- 6 de jul. de 2017
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Atenta às necessidades dos franqueados dos Correios no Espírito Santo, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) se reuniu nesta quinta-feira (6), em Brasília, com o presidente da estatal, Guilherme Campos Júnior, para discutir a inclusão das empresas capixabas na nova política comercial da empresa, lançada em março deste ano, que prevê, entre outras coisas, condições diferenciadas na prestação dos serviços.
Uma das principais queixas dos franqueados é sobre a necessidade do reenquadramento da tarifação cobrada no Espírito Santo, para não perder a competitividade frente a outros estados. Presente à reunião, o presidente regional da Associação Brasileira de Franquias Postais (Abrapost), Luciano Campagnaro, argumentou que o Estado tem potencial logístico para a inclusão na nova política comercial dos Correios.
“Reconhecemos o esforço da presidência [dos Correios] para inserir os franqueados nesse processo [da nova política comercial]. A primeira questão é a tarifação do Espírito Santo em relação ao restante do país. Somos um Estado da região Sudeste, um Estado pujante, um Estado com potencial logístico imenso, infraestrutura e localização geográfica”, afirmou Campagnaro.
Ainda segundo a Abrapost, outro ponto que fragilizou os franqueados está ligado à política de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) praticada no Espírito Santo. Essa política fez com que o Estado perdesse empresas que vieram de São Paulo, por exemplo, mas que decidiram retornar para o mercado paulista por falta de competitividade.
Rose reforçou a importância geográfica do Espírito Santo e a dificuldade enfrentada na comparação com os demais estados do Sudeste. “Nós estamos no Sudeste entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, e ficamos sempre preocupados nesta questão de ter como sustentar as franquias, como movimentar o comércio, os negócios locais”, afirmou.
O presidente dos Correios solicitou um estudo técnico sobre a capacidade do mercado capixaba para avaliar o reenquadramento. Guilherme Campos explicou que é necessário comprovar o volume de encomendas no Estado para revisar a tarifação aplicada. Ele exemplificou situações semelhantes, e que foram atendidas pelos Correios, em parte dos estados do Paraná e Minas Gerais.
“É fazer conta. É potencial de mercado e capacidade de competir. Da política comercial que foi implementada, houve uma primeira alteração incorporando o Norte do Paraná (a tabela mais competitiva), o Sul de Minas e a região de Extrema (MG), ali na divisa com São Paulo, onde também está mais competitiva. O Espírito Santo está mais distante e os volumes são bem menores em relação a esses mercados. Tem que achar uma conta para torna-los competitivos”, ponderou Guilherme.
O superintendente executivo da vice-presidência da Rede de Agências e Varejo dos Correios, Joimar Lucio Martins, explicou o estudo sobre competitividade desenvolvido pela estatal. “Esse estudo econômico, de mapa de mercado, identificou um corredor no Brasil que em mais de 300 municípios os Correios não estava sendo competitivo. As pessoas trabalhavam com transportadora dentro desses mercados e usava os Correios em regiões de risco”.
Já o superintendente executivo da vice-presidência comercial dos Correios, Fernando Miranda, disse que novas medidas serão adotadas para agilizar as entregas das encomendas. “Nós vamos redistribuir o Brasil em cinco faixas, esquecendo a divisão de estados. Ela não faz sentido em transportes que é a base de nosso negócio. Uma encomenda de Minas hoje para ir ao Norte de Minas viaja muito mais do que você pegar do Espírito Santo e mandar para o Rio. É um novo conceito de país, dividido em cinco faixas, e precisaremos de uns três meses para implantar isso”, explicou.
Os Correios possuem 113 agências distribuídas entre os 78 municípios capixabas. Deste total, 24 são franqueados.
Política Comercial – Os Correios lançaram em março deste ano a sua Política Comercial, que tem como objetivo principal aprimorar o relacionamento com os seus clientes.
Esta política estabelece um modelo comercial padronizado, considerando volume de negócios, contrapartidas e benefícios, de acordo com a expectativa de consumo anual com os produtos e serviços da empresa. A política também prevê maior agilidade no processo de negociação comercial e a melhoria da percepção de valor dos clientes em relação à prestação de serviços dos Correios.
Entre as vantagens da nova política estão: condições diferenciadas na prestação dos serviços; consultoria nos aspectos comerciais, operacionais e tecnológicos e resposta mais assertiva às demandas dos clientes finais.
De acordo com o presidente Guilherme Campos, "esta é uma grande mudança para deixar a política comercial mais clara e focada no cliente, com uma simplificação drástica nas tabelas de produtos. Esta nova visão de mercado dará competitividade de preços, principalmente na área de encomendas".
A Política Comercial dos Correios será revista periodicamente e atualizada sempre que houver necessidade, de acordo com a realidade do mercado.
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