Senado realiza sessão solene em homenagem ao Dia da Mulher
- Assessoria, com Agência Senado
- 8 de mar. de 2017
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A sessão solene realizada pelo Congresso, nesta quarta-feira (8), para celebrar o Dia Internacional da Mulher, teve entrega de prêmio do Senado e protestos de parlamentares contra as reformas trabalhista e previdenciária. Em sintonia com manifestações programadas pelo país, às 12h30 houve um “apitaço” de um minuto em repúdio às medidas anunciadas, como a elevação da idade de aposentadoria de 60 para 65 anos, com equiparação entre homens e mulheres.
A solenidade foi também destinada à entrega do Diploma Bertha Lutz, pelo Senado, a mais cinco mulheres que contribuíram em diferentes áreas para a defesa dos direitos das mulheres e questões de gênero no Brasil.
Entre as agraciadas estavam a major da Polícia Militar da Bahia Denice Santiago Santos do Rosário, responsável por ações em defesa dos direitos das mulheres; e a ativista gaúcha Diza Gonzaga, que dirige o programa Vida Urgente, pela educação no trânsito. A lista se completa com os nomes da diplomata Isabel Cristina de Azevedo Heyvaert; da professora Raimunda Luzia de Brito, ativista pelos direitos da população negra no Mato Grosso do Sul; e a escritora paulista Tatiane Bernardi Teixeira Pinto, a única que não esteve presente, por motivos profissionais.
Bertha Lutz foi uma das pioneiras na luta pelo voto feminino e pela igualdade de direitos entre homens e mulheres em todo o nosso País. Foi responsável pela criação da Federação Brasileira para o Progresso Feminino, entidade que tinha como principal bandeira a luta pela extensão de direito de voto às mulheres.
A senadora Simone Tebet (PMDB-MS), que preside o Conselho do Diploma Bertha Lutz, foi uma das senadoras que depois se revezaram no comando da sessão. A senadora destacou que houve atraso no início dos trabalhos porque ela e colegas estavam na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) defendendo uma pauta de projetos de interesse das mulheres. Cinco foram aprovados, um deles o PLS 244/2016, de sua autoria, que obriga o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) a registrar dados específicos sobre violência contra a mulher.
A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) destacou que “nós celebramos conquistas, nós cobramos compromissos, nós nos mobilizamos, nós nos defendemos, nós exigimos respeito. E choramos por cada mulher vitimada pela violência doméstica, pela violência no trabalho, na rua, na fragilização da mulher só e exclusivamente pela sua condição de mulher”, afirmou.
A senadora também lembrou do avanço conquistado com a titularidade da terra. “Será que as mulheres se lembram do quanto nós travamos para, na Constituinte, escrever um capítulo da titularidade da terra? A mulher vivia naquele pedaço de terra, trabalhadora rural, trabalhador rural mas, quando o homem morria, ela era expulsa da terra com seus filhos. Foi na Constituinte que nós conseguimos escrever o direito à titularidade da terra. Emenda minha, nem me lembrava mais. São tantos anos”, afirmou.
Por acordo entre os líderes partidários, as parlamentares mulheres tiveram preferência na ordem dos discursos.
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