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Senadora Rose repudia atitude de promotor e lamenta a cultura da violência contra a mulher

  • Assessoria de Comunicação
  • 24 de jun. de 2016
  • 2 min de leitura

A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) usou a tribuna do plenário do Senado, nesta sexta-feira (24), para repudiar o comentário do promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro Alexandre Joppert durante prova oral em concurso do órgão. O promotor, na ocasião, citou exemplo sobre estupro coletivo e disse que o "estuprador ficou com a melhor parte, dependendo da vítima".


A senadora Rose foi enfática e firme contra a atitude de Joppert. Ela também lamentou "o quão distantes estamos" de uma sociedade que respeite a mulher e todas as suas conquistas. "Como é que uma pessoa como essa (promotor) pode exercitar (...) a figura de juiz de uma prova dessa natureza, conduzindo o seu relatório e as suas perguntas a explorar a sua cultura de violência e de desrespeito contra a mulher?", questionou a senadora.


"Eu luto, há mais de 20 anos, para que haja na escola a matéria 'direitos humanos e cidadania'. Para que possamos mudar, na cabeça da criança (...), a cultura que existe do que se pode fazer com uma mulher, de como se pode tratar uma mulher. Muitas vezes, o aluno vê sua mãe apanhar em casa e pode achar que o pai tem o direito de fazer aquilo. E não tem. Mas é uma cultura que, infelizmente, se dissemina quando se vê um promotor, num momento tão importante, dizer aquelas palavras", afirmou Rose.


A senadora também apresentou números sobre o cenário de violência contra a mulher. Ela lembrou que essa cultura é extremamente recorrente no Espírito Santo e disse ser vergonhoso o Brasil ocupar o sétimo lugar no ranking de violência doméstica, entre 84 países.


"Há ainda alguns dados que quero mostrar: 43% das mulheres do país em situação de violência sofrem agressões diariamente. Imagine. Além disso, em 2014, tivemos 53 mil denúncias contra a mulher, de modo que 27 mil casos corresponderam à denúncia de violência física", registrou a senadora.


Ainda sobre os dados de 2014, Rose ressaltou que 80% das vítimas tinham filhos e 64,35% desses filhos presenciaram um cenário de violência. Durante o discurso da parlamentar capixaba, as senadoras Ana Amélia (PP-RS) e Simone Tebet (PMDB-MS) apoiaram as palavras de Rose.


"Lamentavelmente, eu fico muito triste pela cultura de violência que temos alimentado e fomentado no país, provocada por essa falta de atenção a gestos pequenos", disse a senadora Ana Amélia.


"Ontem, eu tive a oportunidade de ver essa matéria (sobre o promotor) na televisão. Fiquei estarrecida. Pensei que os meus ouvidos estivessem me enganando por imaginar que um promotor de Justiça de um Estado desenvolvido como Rio de Janeiro, numa banca examinadora de concurso público, pudesse fazer isso", completou a senadora Simone Tebet.


 
 
 

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