CORTES FORAM SIGNIFICATIVOS E SERÃO ANALISADOS, DEFENDE ROSE

Presidente da Comissão Mista de Orçamento, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) avaliou nesta segunda-feira (14) que as medidas anunciadas pelo governo para superar a atual crise e cobrir o déficit previsto no Orçamento da União representam cortes significativos e terão análise aprofundada pelo Congresso Nacional. Ela avaliou ainda que o aumento de tributos é um “remédio amargo”.

“As propostas vieram na ordem que deveriam vir. Primeiro, com os cortes nos gastos e, em segundo lugar, oferecendo receitas para superar este momento tão difícil. Lá atrás nós já falávamos em Orçamento realista. Acho que as decisões que foram tomadas, depois do debate com o Congresso Nacional, visam oferecer alguma segurança à população, que já não sabia o que estava acontecendo ou o que poderia ser feito. Os cortes foram significativos, mas há ainda outras atitudes que podem ajudar o Brasil, como o corte de ministérios”, disse.

As medidas anunciadas incluem o corte de R$ 26 bilhões em gastos no Orçamento da União de 2016, o aumento de determinados tributos e redução de benefícios - como a exportadores de produtos manufaturados ou indústria química, por exemplo. Previram ainda cortes no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e na Saúde, o adiamento do reajuste do salário dos servidores públicos até agosto de 2016 e a suspensão de concursos públicos.

Em entrevista coletiva, os ministros da equipe econômica destacaram que o pacote foi feito considerando os dois principais gastos da União: Previdência Social e folha de pagamento. No anúncio, a previsão de receita incluiu também um aumento de receita de R$ 28 bilhões com a prorrogação da CPMF, desta vez com alíquota reduzida de 0,2% em lugar de alíquota de 0,38% praticada anteriormente. “É um remédio amargo”, afirmou Rose de Freitas, “mas o Congresso deve ter foco em todo o conjunto de propostas”, concluiu.