BC diz que economia tem momento “de ajuste” e terá “retomada de crescimento”
- Assessoria de Comunicação
- 26 de mai. de 2015
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Sob a presidência da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), a Comissão Mista de Orçamento Comissão Mista de Orçamento ouviu nesta terça-feira (26) o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre o atual cenário econômico.
O presidente do BC que afirmou, aos parlamentares, que “os (atuais) juros são um remédio que infelizmente tem de ser aplicado neste momento em que a economia brasileira passa por um momento de ajuste”, disse.
Atualmente, a taxa básica de juros da economia brasileira (Taxa Selic) está em 13,25% ao ano, o maior patamar em seis anos. Desde outubro do ano passado, a taxa avançou por cinco reuniões consecutivas do Comitê de Política Monetária (Copom). A previsão do mercado financeiro é de uma nova alta na taxa Selic, para 13,75% ao ano.
Segundo ele, a economia brasileira está passando por uma fase de transição, com a contração dos indicadores econômicos no curto prazo, como o investimento, que deve cair neste ano. Esse movimento, segundo ele, é necessário para a construção "de uma base mais sólida para a retomada do crescimento".
Tombini compareceu à Comissão Mista de Orçamento para falar sobre o cumprimento das metas das políticas monetária (inflação e juros), creditícia e cambial, uma exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00).
Por mais de quatro horas, respondeu a perguntas dos parlamentares. Ele afirmou ainda que o BC irá “manter a política monetária vigilante. Com essa postura consistente com o quadro de ajustes da política macroeconômica, conseguiremos assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5% em dezembro de 2016”. Para este ano, a previsão é que a inflação deve somar 8,2% e, com isso, estourar o teto do sistema de metas de inflação brasileiro.
Na reunião, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), avaliou que o atual cenário da economia é bastante delicado e crítico e que o governo deve buscar soluções “que nos levem à retomada da confiança dos trabalhadores, empresários e investidores”, afirmou. Rose não poupou críticas aos cortes orçamentários feitos pelo Governo nas áreas de saúde e educação. “É preciso reverter esses cortes”, defendeu.
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